sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Não me perguntem por quem os sinos dobram

Tomo emprestada a frase de Hemingway, extraída de uma das passagens mais geniais e que mais me emocionaram, para comentar a morte trágica do rapaz atingido por um taco de beisebol na Livraria Cultura, em São Paulo.
OK, a morte é o objetivo e fim último, sem trocadilho, de nossa existência terrena. E o que o rapaz fora um dia, já estava morto desde a data da agressão sofrida.
Mas, ainda assim, a morte nessas circunstâncias choca, ao menos a mim. E o que tem de chocante é que escancara, para todos nós, a fragilidade da vida.
Todos sabemos disso, claro. Mas nada como, às vezes, sermos chamados à razão e tomarmos o susto que nos faz perceber que episódios como o de Henrique Pereira Carvalho, 22 anos, poderiam, podem acontecer a qualquer um de nós. A qualquer momento.
Não sei quem era Henrique. Não sei quem são seus pais.
Mas não me pergunte, porque choro por dentro. E porque o homenageio.
Os sinos dobram por todos nós.

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