quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Variadas

Ah! sim, a postagem anterior intitulava-se várias, variadas. E ficou faltando as variadas.
Primeira: a minha curiosidade em entender o interesse da grande imprensa na questão da condenação à morte e execução de Sakineh Mohammadi Ashtiani.
Pessoalmente sou contra a pena de morte. Qualquer que seja a forma e o motivo.
Por apedrejamento, então, a questão assume, claro, um ar mais bárbaro. Por força de condenação por adultério, acho ainda mais absurda, tendo em vista que meus valores e meus olhos enxergam o episódio, pelo ângulo de análise da sociedade ocidental.
Mas, e se a execução de apedrejamento for substituída pela da forca e a condenação for por homicídio do ex-marido?
A grande imprensa continuará pedindo à presidente eleita, Dilma, que interfira, especialmente por ser mulher?
E quanto às milhares de mulheres que aguardam punição semelhante nas cadeias americanas? Será que a imprensa irá fazer movimento semelhante, no sentido de comover e conseguir a intervenção da presidenta?
Ou, no caso americano, a imprensa irá respeitar o direito de cada país estabelecer suas leis e seu sistema judiciário e de punições, mesmo que intimamente não concordemos com seu resultado?
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Pode-se sempre alegar que, no caso do Irã, há suspeitas de que decidida a execução, e pressionado pela opinião pública, o governo começou a imputar à mulher crimes que ela não praticou.
Mas, ainda assim, a curiosidade me leva a crer e, se eu estiver certo, esse sim é o pior dos mundos: a imprensa está muito pouco ou quase nada interessada na vida de Sakineh, mas apenas tomando desse caso, para continuar na campanha orquestrada, em nível internacional, contra o governo eleito pela população iraniana. Por mais que a própria eleição do governo do Irã possa ser objeto de questionamento.
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Enquanto isso, nos Estados Unidos, a Câmara de Deputados assume os tons do Partido Republicano, estimulado pelo descontentamento com os pífios resultados econômicos de Obama e seu Partido Democrata. Resultados acanhados, fruto de uma crise que foi engendrada e gestada, e até mesmo alavancada pelo partido que, agora, dela se beneficia.
Em suma: os republicanos e sua política de desregulamentação dos mercados foram os responsáveis, mesmo que indiretos, pela crise financeira. Como resultado da crise, a economia americana entrou e atravessa um dos piores períodos de recessão. E, devido aos níveis elevados de desemprego, não resolvidos, Obama é derrotado.
E, de carona, também os necessários projetos de reforma na Saúde, na Previdência, que tentam dar um caráter de atendimento à maioria da população americana e, por isso mesmo, contraria os interesses da minoria de privilegiados, republicana.
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Nesse meio tempo, há hoje a decisão em relação à definição da taxa de juros americana, que deve continuar em baixa - e até negativa.
E, com tal decisão, novo pacote bilionário de injeção de dólares, agravando a situação dos demais países, paceiros comerciais dos Estados Unidos, cujas moedas já se encontram supervalorizadas.
Brasil, entre eles.

Um comentário:

Unknown disse...

Apenas um comentário, Deus deu a vida a cada um, cabe a ele tira-la quando necessário.

E outra, a quem não se lembre daquela prostituta a qual levaram a Jesus para condena-la, e as sabias palavras ditas por Cristo ficam para refletirmos, aquele que nunca pecou atire a primeira pedra.

Talvez esse comentário seja muito teológico, mas demonstra todo meu pensamento essa mulher.