Quando o suor de meu rosto
cai na terra
irriga a semente
somente choro:
Planto meu salário.
Quando o peso da brita
rompe minha estrutura
me faz curvar a espinha
somente oro:
Construo meu salário.
Quando a fome de vida
transforma-me humano
e arregaçando meu estômago vazio
vara órgãos, corta e penetra
minhas veias
E o alimento fluido, sangra interior
eu paro:
Como meu salário.
Abandonado sobre a terra
sobre a pedra
sobre a mesa que extasia
dos homens de terno cinza
que exploram o otário.
Um comentário:
Maravilhoso!!!!
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